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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Edison Machado

Edison Machado É Samba Novo (1964)


1 - Nana
2 - Só Por Amor
3 - Aboio
4 - Tristeza Vai Embora
5 - Miragem
6 - Quintessência
7 - Se Você Disser Que Sim
8 - Coisa Nº 1
9 - Solo
10 - Você
11 - Menino Travesso


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Quarteto Edison Machado - Obras (1970)


1 - Corcovado
2 - Monstros de Babalú
3 - Circulos
4 - Manhã de Carnaval
5 - Exotica
6 - Caminho de Casa
7 - Mr Machado
8 - Outra Vez
9 - Mr Eloir
10 - Amor



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Quarteto de Edison Machado - Obras 2 (1971)


1 - Endyra
2 - Liu
3 - O Pulo do Gato
4 - Mr Maciel
5 - Sarah
6 - Asa Branca
7 - Mr Machado 2



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Edison Machado
Nascido no Engenho Novo, zona norte do Rio de Janeiro, Edison Machado é considerado entre seus discípulos e também por dezenas de músicos como um dos maiores bateristas já surgidos no país. Em sua curta vida de 56 anos, iniciada em 1934 e ceifada abruptamente em 1990, ele deixou um legado inesquecível para o samba e os ritmos dele surgidos, como o samba-jazz e a própria Bossa Nova, com seu inconfundível suingue e o estilo de “ataque” do instrumento que tanto dominava.
Edison tomou intimidade rápida com a bateria e também com a vida noturna. Criado no ambiente da gafieira, aos 23 anos gravou o disco A turma da gafieira. Ele não tardou a ingressar no círculo musical da Bossa Nova, inovando no estilo de tocar samba, usando os pratos e o pé direito de uma forma até então jamais vista. O contrabaixista Tião Neto, que mais tarde integraria o grupo de Sérgio Mendes (com quem Edison gravaria o álbum E você ainda não ouviu nada, de 1962), disse textualmente que “o tempo dele no samba no prato e no pé direito é irreprodutível. Ele tinha um suingue fantástico.”
Edison fez parte também do lendário conjunto Bossa Três, gravando três álbuns antes de ir para estúdio em 1964 para o primeiro registro gravado onde a estrela máxima era ele: Edison Machado é samba novo (CBS / Sony Music) tem um valor inestimável para a música brasileira, em razão de suas inspiradíssimas versões para “Nanã”, “Aboio”, “Se você disser que sim”, “Quintessência” e “Menino travesso”. Um grande clássico da MPB, pilotado por um craque das baquetas, com o auxílio luxuoso de J. T. Meirelles (sax tenor – o mesmo do famoso grupo Meirelles e os Copa 5), Tenório Júnior (piano), Tião Neto (baixo), Paulo Moura (sax alto), Pedro Paulo (trompete), Raul de Souza e Edson Maciel (trombone). Como se vê, só feras!
Daí pra diante, ele tocou com os mais variados artistas da MPB, incluindo a turma de nível internacional, como o maestro Tom Jobim, Stan Getz e Milton Nascimento. Edison tem seu nome na ficha técnica de discos de Nara Leão (ele tocou no show Opinião), Elis Regina, Johnny Alf, João Donato, Wanda Sá, Luiz Carlos Vinhas, Edu Lobo, Maria Bethânia, Dick Farney, Victor Assis Brasil, Rosinha de Valença e Agostinho dos Santos.
Ele também formou com Dom Salvador (piano) e Sérgio Barroso (baixo) o Rio 65 Trio, projeto de curta duração e com apenas um álbum: A hora e a vez da MPM. MPM era sigla para Música Popular Moderna, uma espécie de estuário onde desaguariam os estilos derivados da Bossa Nova, que já tinha conhecido o seu fim.
Entre 1970 e 1971, montou o Quarteto Edison Machado e pelo desconhecido selo Stylo, lançou dois álbuns intitulados Obras. Seus músicos acompanhantes eram Ion Muniz (sax), Edson Maciel (trombone), Haroldo Mauro Jr. (piano) e Ricardo Pereira dos Santos (baixo). Cinco anos mais tarde, fixou residência nos Estados Unidos, tocando também com Chet Baker e Ron Carter até voltar em 1990 para uma curta temporada na Boate People, no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro.
Porém, em 15 de setembro daquele ano, três meses depois dos shows cariocas, Edison Machado faleceu vítima de um infarto fulminante em Niterói. Foi-se o músico e o ser humano, ficaram na memória as incríveis performances pra sempre lembradas por quem gosta de música brasileira de verdade.

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